Arruda se entrega após ter prisão decretada pelo STJ. Ordem de prisão é baseada em tentativa de suborno de testemunha. Rollemberg acredita que a prisão do chefe do Executivo do Distrito Federal foi necessária, porque o governador estava tentando obstruir as investigações
O líder do PSB na Câmara, deputado federal Rodrigo Rollemberg (DF), manifestou apoio à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou a prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), e de mais cinco pessoas, nesta quinta-feira (11/02). Rollemberg afirmou que sempre acreditou numa saída justa para a crise do DF. "A prisão preventiva do governador fortalece a democracia e lava a alma dos brasilienses. A população de Brasília estava se sentindo humilhada por tantos fatos negativos divulgados pela mídia”, declarou.
Rollemberg acredita que a prisão foi necessária, porque o governador estava tentando obstruir as investigações. O socialista já havia pedido a intervenção da Justiça no caso. Na semana passada o deputado se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STJ), ministro Gilmar Mendes, para conversar sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), que contesta o artigo 60 da Lei Orgânica que exige autorização da Câmara Legislativa para processar o governador do DF.
"É fundamental para a democracia que o Judiciário exerça de forma plena e ágil a investigação. Durante o encontro com o ministro, percebi que ele compreendia a gravidade da crise. Sempre achei que quem poderia dar fim a essa crise política no DF seria o STJ e o STF". Nessa quarta-feira (10/02), Rollemberg fez discurso no Plenário da Câmara e se manifestou favorável a ação da Ordem dos Advogados do Brasil no sentido de tentar afastar o governador por obstruir as investigações do DF.
A decisão
O ministro Fernando Gonçalves aceitou pedido da subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a Corte do tribunal foi convocada para analisar a decisão de Gonçalves, relator do inquérito que investiga o esquema de corrupção no Governo do DF. Por 12 a 2, a corte acompanhou o voto do ministro Fernando Gonçalves, aceitando o pedido do Ministério Publico para decretar a prisão de Arruda. Os únicos ministros que votaram contra a prisão do governador foram Nilson Naves e Teori Zavascki.
O pedido de prisão se baseou na tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. O jornalista é testemunha do suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília. Arruda é apontado como chefe do esquema, o que ele nega.
Além de Arruda, a decisão determina a prisão do ex-deputado Geraldo Naves (DEM), do ex-secretário de Comunicação do governo DF, Wellington Morais, do diretor de operações das Centrais Elétricas de Brasília, Haroldo Brasil de Carvalho e do sobrinho do governador, Rodrigo Arantes. Outro acusado, Antonio Bento, já havia sido preso em flagrante ao tentar subornar Edson Sombra, testemunha do escândalo investigado pela Polícia Federal.
11/02/2010
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