Para analista, propostas de candidatos só visam questões corporativas.Professor de Ética aponta influência de disputa nas eleições de 2010.
Reduzida à disputa político-partidária, as eleições para presidente da Câmara e do Senado no próximo dia 2 não incluem questões que digam respeito à população representada pelas duas Casas, na opinião de analistas políticos ouvidos pelo G1.
Para o cientista político Otaciano Nogueira, da UnB (Universidade de Brasília), a distância entre os parlamentares que disputam o cargo e o eleitor pode ser observada nas propostas apresentadas por alguns deles na Câmara.
“Se você lê [as propostas], verifica que não há nenhum assunto que seja de interesse do cidadão, do eleitor. Todas as medidas propostas são corporativas, servem a eles mesmos, não ao país ou à instituição”, afirma. “No Senado, nem houve propostas, mesmo porque [a disputa] está reduzida a dois candidatos.”
É o que também afirma o professor de Ética Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para quem, fora a importância eleitoral, o que se observa “é a nova composição de Mesas [Diretoras] voltar-se para os problemas internos, em duas Casas que não deveriam ter problemas internos”.
Amauri Arrais
Do G1, em São Paulo
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