terça-feira, 22 de abril de 2008

Conferência vai reunir duas mil pessoas para discutir políticas para a juventude


Informação à IMPRENSA
Secretaria-Geral daPresidência da RepúblicaAssessoria de Comunicação

Conferência vai reunir duas mil pessoas para discutir políticas para a juventude


Mais de duas mil pessoas estarão reunidas de 27 a 30 de abril no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade na 1a Conferência Nacional de Juventude. Os participantes discutirão os principais desafios e ações governamentais para o tema.

A solenidade de abertura será no dia 27 às 15h e terá a presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e do secretário nacional de juventude, Beto Cury. A presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está prevista no dia 29 às 18h, quando fará um discurso aos participantes.

A Conferência Nacional é um espaço de diálogo entre o poder público e a sociedade civil. Os representantes de governos e os movimentos e organizações juvenis vão debater propostas para garantir os direitos dos jovens. Entre os temas estarão questões relacionadas à educação, trabalho, cultura, sexualidade, participação, saúde, meio ambiente, segurança, diversidade e uso do tempo livre.

Como resultado do evento, as propostas debatidas serão transformadas em uma agenda de prioridades para as políticas públicas a ser entregue aos governos federal, estaduais e municipais e aos parlamentos das três esferas da Federação. O evento contará também com uma intensa programação cultural com música e exibição de filmes.

Para mais informações:

Assessoria de comunicação
Secretaria-Geral da Presidência da República
Fone: (61) 3411 1863 / (61) 81129868

Segue, abaixo, a programação da Conferência:


Domingo (27/03)

Manhã
Chegada dos delegados

Tarde
15:00 - Abertura da Etapa Nacional: Solenidade de Abertura
16:00 - Abertura dos Trabalhos
16:30 - Painel de abertura sobre a Política Nacional de Juventude
Noite
20:00 - Atividades culturais
22:00 - Encerramento do credenciamento de delegados e convidados



Segunda-feira (28/4)

Manhã
8:00 - Café da Manhã
9:00 - Grupos de Trabalho
10:00 as 14:00 - Credenciamento de suplentes

Tarde
14:30 - Grupos de Trabalho Temáticos
17:45 - Entrega do relatório com as propostas aprovadas no grupo.
18:00 - Oficinas autogestionárias e troca de experiências

Noite
20:00 - Atividade cultural

Terça-feira (29/04)

Manhã
8:00 - Café da Manhã
9:00 - Plenária Final - Relato das propostas aprovados nos grupos
11:00 - Momento Interativo de priorização das propostas

Tarde
14:30 -Plenária Final: Apresentação e aprovação das propostas definidas pelo momento interativo.

Noite
20:00 - Atividade cultural

Quarta-feira (30/04)

Manhã
8:00 - Café da Manhã
9:00 - Plenária Final

Tarde
14:00 - Encerramento



Mais informações:
Assessoria de Comunicação da Secretaria-Geral da Presidência da República
Telefone: (061)3411-1407 ou www.planalto.gov.br/secgeral


terça-feira, 15 de abril de 2008

Movimentos sociais do PSB convocam militância para participar de seus congressos




15/04/2008 - 07:44A
Comissão Executiva Nacional (CEN) do Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou, em março passado, o calendário dos congressos, que serão realizados de abril a junho deste ano. Simultaneamente a esses eventos, os militantes dos movimentos sociais organizados deverão promover os congressos dos órgãos de representação da sigla.
Os segmentos sociais representados no PSB são: movimentos de Mulheres, Sindical, de Juventude, Populares, de Pessoas com Deficiência e de Raças/Etnias. Para cumprir as regras do Regimento Interno dos Órgãos de Representação, os movimentos terão que se organizar em nível municipal e estadual.
Para a secretária Nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, a realização dos congressos é uma oportunidade para se continuar a discussão relacionada à política de gênero dentro do Partido. “É importante que os presidentes do PSB apóiem os movimentos sociais, por meio dos congressos nos estados e municípios, e também as mulheres devem reivindicar esse apoio junto aos dirigentes partidários”, destacou Dora.
Ela lembra que a Secretaria de Mulheres existe há 9 anos no PSB e vem, ao longo desses anos, trabalhando pelo fortalecimento do Movimento e incentivando a ocupação de espaços pelas mulheres. “Ainda temos que avançar muito nesse sentido, para que as mulheres estejam organizadas nas três esferas de poder do País, além do combate à discriminação no trabalho e à violência contra as mulheres”, observou. “Faço votos para que haja um estímulo do Partido para que as mulheres se organizem e que elas cobrem isso das estruturas partidárias dos Estados e municípios.”
INTERAÇÃO
Já o secretário Nacional da Juventude, Josué Freitas, entende que a realização dos congressos resultará na melhor organização dos movimentos sociais representados no PSB. “Agora estamos regulamentados e devidamente institucionalizados. Isso permitirá uma atuação mais organizada dos movimentos dentro do Partido, tanto interna quanto externamente”, explicou. De acordo com Josué, as ações desenvolvidas pelos segmentos sociais ligados ao PSB não eram feitas de forma coordenada e em sincronia com a direção partidária.
“Embora desenvolvêssemos algumas frentes, como no movimento estudantil e no desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a juventude, ou ações institucionais, não tínhamos condições de atuar de forma mais coesa, interagindo com as instâncias partidárias – o que será possível agora”, justificou. “Em contrapartida, teremos do PSB mais atenção com os trabalhos desenvolvidos pelos segmentos sociais.”
DIFERENÇA
De acordo com o secretário Sindical do PSB, Joilson Cardoso, as regras para manter o direito de representação no Partido se diferem, de acordo com a realidade de cada segmento social. “Por exemplo: todos os movimentos sociais terão que formar, pelo menos, 5% de filiação em cada direção municipal constituída pelo PSB, com exceção do Movimento Sindical que, em vez disso, terá que constituir sua cota de 5% em núcleos”, afirmou o sindicalista.
Ele informou que, no plano estadual, os movimentos terão que se organizar em pelo menos 20% dos municípios, constituídos por congresso. O Movimento Sindical terá que constituir pelo menos 20% de núcleos, enquanto os outros movimentos terão que constituir este percentual em cotas de filiados.
CRITÉRIOS
Com relação à série de núcleos sindicais que serão constituídos por todo o Brasil, Joilson esclareceu que será formada por sindicalistas que militam na corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), braço sindical do Partido. “Os núcleos sindicais serão a ‘célula-base’ de nossa organização, que se equipara – em importância – aos núcleos de base do PSB, que é uma proposta organizativa do Partido Socialista Brasileiro”, detalhou Joilson.
Conforme o secretário sindical do PSB, os núcleos sindicais serão organizados conforme cada categoria. “Serão cinco tipos de núcleos, de acordo com o local de trabalho, o município, a região dos militantes e por temas – ou seja, núcleos temáticos.”
Para consultar as regras da constituição de núcleos sindicais e dos congressos sindicais estaduais, clique aqui. E conheça, aqui, o Regimento Interno dos Segmentos Sociais do PSB.
EMPENHO
Contando com o apoio da direção nacional, os secretários que representam os movimentos organizados na Executiva Nacional do PSB estão empenhados em promover uma organização que cumpra os critérios destes movimentos pelo Diretório Nacional. Segundo eles, o crescimento dos movimentos sociais do PSB e a sua organização são de extrema relevância para o Partido, pois representam a verdadeira inserção da sigla na sociedade brasileira, promovendo o diálogo entre o partido e o povo.

José Roberto Azambuja - Assessoria de Comunicação do PSB

segunda-feira, 14 de abril de 2008

17 de abril: Dia Nacional de Lutas nas universidades federais

Em solidariedade aos estudantes que ocupam a UnB, a UNE realiza atos e aulas públicas em universidades federais pela regulamentação das Fundações de Apoio, democracia, mais verbas e acesso e permanência nas universidades públicas





Há oito dias, estudantes ocuparam a reitoria da Universidade de Brasília para pedir a saída do reitor Timothy Mulholland, suspeito de desvios de verbas, e protestar contra a falta de transparência das Fundações de Apoio, reivindicar por mais democracia no que se refere à tomada de decisões na instituição, por meio da paridade nos conselhos e na eleição para reitor, pela contratação de professores, entre outras reivindicações.

Em apoio à ocupação e pensando nos problemas que as universidades públicas enfrentam, a UNE convoca estudantes de todo o País para o Dia Nacional de Lutas nas universidades federais, uma grande mobilização que promoverá atos e aulas públicas nas principais instituições do Brasil, marcado para 17 de abril.

A pauta de reivindicações inclui a regulamentação das Fundações de Apoio, democracia, com eleições diretas para reitoria e paridade nos conselhos deliberativos; mais verbas, com exigência do fim da DRU e por 10% do PIB para a Educação; e acesso e permanência: expansão de vagas nas universidades públicas, reserva de vagas e assistência estudantil.
Para a UNE, que divulgou nota a respeito do afastamento de Mulholland, o escândalo na UnB demonstra a total ausência de controle da comunidade acadêmica e mesmo do Poder Público sobre as Fundações de Apoio.
"A denúncia que o movimento estudantil faz a cada manifestação a respeito do tema, em todo o Brasil, é a mesma: a falta de transparência com que os recursos são geridos, uma vez que eles não têm de ser aprovados pelos Conselhos Universitários, como é o orçamento geral da Universidade", pontua um trecho do documento.
Leia a íntegra da nota da UNE sobre o afastamento do reitor da UnB
Vitória na UnB! Agora é seguir na luta em defesa da universidade pública!
A pauta das Fundações de Apoio não é novidade para o movimento estudantil brasileiro. Desde a década de 90 estas instituições cumprem o papel de captar financiamento, especialmente privado, para a Instituição. E a denúncia que o movimento faz a cada manifestação a respeito do tema, em todo o Brasil, é a mesma: a falta de transparência com que os recursos são geridos, uma vez que eles não têm de ser aprovados pelos Conselhos Universitários, como é o orçamento geral da Universidade.
Diante das denúncias apresentadas pelo Ministério Público contra o reitor da UnB, a UNE, desde o primeiro momento, lançou nota pedindo o afastamento do reitor até que o caso fosse apurado.
Os estudantes da UnB fizeram diversas mobilizações, até que finalmente ocuparam a reitoria. A UNE vem participando da ocupação desde o princípio e considera uma vitória dos estudantes e da luta por transparência e responsabilidade com a universidade pública o afastamento do reitor Timothy Mulholland. Além do afastamento, a UNE apresenta outras pautas urgentes para o fortalecimento da universidade pública: por uma legislação que combata as fundações privadas e que garanta uma nova regulamentação para as fundações de apoio, a fim de efetivar o controle público sobre as mesmas; tanto por parte da comunidade acadêmica, como por parte do Poder Público. Exigimos também auditoria pública nas fundações de apoio em todo o país.
Dentre as pautas, priorizamos ainda a democracia nas universidades, tanto na escolha dos dirigentes quanto na composição dos conselhos deliberativos. Reivindicamos mais verbas para o ensino público, a fim de garantir a estrutura necessária à qualidade de ensino e à expansão do acesso ao ensino superior público com verbas públicas. E pautamos ainda a necessidade de Assistência Estudantil para garantir a permanência do estudante na universidade.
Todas estas pautas fazem parte do Dia Nacional de Lutas nas Federais que a UNE convoca em 17 de abril. Compartilhamos com os estudantes da UnB sua luta e sua vitória e seguimos firmes na luta em defesa universidade sempre pública.
Contra as fundações privadas! Por controle público e por uma nova regulamentação para as Fundações de Apoio. Auditoria Pública nas Fundações Já! »Democracia! Eleições Diretas para reitor/a e paridade nos conselhos deliberativos; »Mais verbas! Pelo fim da DRU e por 10% do PIB para a Educação »Acesso e Permanência! Mais vagas públicas, reserva de vagas e Assist. Estudantil!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ato político pela reconstrução da sede da UNE e UBES




O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) demonstrou todo seu apoio à campanha “UNE e UBES de volta pra casa” na manhã desta quinta-feira (03/04) no Salão Negro da Câmara dos Deputados. O parlamentar participou de um ato político pela reconstrução da sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. UNE e UBES perderam a posse da sede em 1964, quando a ditadura militar invadiu, saqueou, incendiou e destruiu as instalações das entidades. O terreno foi recuperado recentemente na Justiça.
Rollemberg falou aos estudantes e seus representantes presentes ao ato sobre a importância dos militantes estudantis terem seu espaço de volta. “É um momento de muito simbolismo para o Brasil. A juventude deve ser protagonista das mudanças nesse país”, avaliou Rollemberg. O deputado também defendeu a participação da UNE e UBES nas conquistas não só para a juventude, como para toda a sociedade e ressaltou a mobilização da juventude para a consolidação da democracia no Brasil. “É preciso unir segmentos populares para avançar. Na política não existe espaço vazio. Muitas conquistas são feitas sob pressão. Este papel a UNE pode cumprir”, acredita Rollemberg, bastante aplaudido pelos estudantes ao final de seu discurso.
Desde a semana passada, os diretores da entidade, mobilizados em Brasília, conseguiram coletar assinaturas de apoio de 338 parlamentares. Essas assinaturas serão anexadas a uma carta, pedindo apoio e custeio à construção do prédio de 13 andares, arquitetado por Oscar Niemeyer.
O documento será enviado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “O que pudermos ajudar no parlamento para poder acelerar esse processo podem contar com a gente”, garantiu Rollemberg aos estudantes.

Integrante da Juventude Socialista Brasileira (JSB), o vice-presidente da UNE, Rildem Ramos, sustenta que reconstruir a sede é cicatrizar a última ferida aberta pela ditadura militar. “Mais que a nova sede, a UNE quer a promoção de um centro de ebulição política e cultural”.
Ascom do deputado Rodrigo Rollemberg - 03/04/2008

Socialistas aderem à campanha “UNE e UBES de volta para Casa”



Em ato realizado nesta quinta-feira (3) na Câmara dos Deputados, parlamentares reafirmaram o compromisso de apoio à reconstrução da sede da UNE e da UBES, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, destruída durante a ditadura militar. As entidades já reuniram 388 assinaturas de deputados e senadores a favor da reconstrução da sede. A proposta deve chegar ao Congresso em breve pelo Poder Executivo.



O deputado federal Júlio Delgado (PSB/MG) deu tom da colaboração que o parlamento pode dar de apoio a reivindicação dos estudantes. “Nosso apoio é concreto no parlamento e nas ações. A primeira delas é a destinação de emendas parlamentares para a construção da sede”. O presidente em exercício do PSB, Roberto Amaral, que foi vice-presidente da UNE, destacou porque é tão importante que os estudantes tenham reconstruída a antiga sede. “A UNE e a UBES representam a síntese da luta do povo brasileiro. A ditadura cassou a juventude brasileira e, não satisfeita, destruiu a sede na Praia do Flamengo, mas ela não sabia que onde houvesse um estudante ou um socialista, estaria a força da UNE sobrevivendo a brutalidade da ditadura”. Para Amaral, voltar para “casa” é dar continuidade a luta pela democracia e pela justiça social, símbolos do socialismo.

Integrante da Juventude Socialista Brasileira (JSB), o vice-presidente da UNE, Rildem Ramos, sustenta que reconstruir a sede é cicatrizar a última ferida aberta pela ditadura militar. “Mais que a nova sede, a UNE quer a promoção de um centro de ebulição política e cultural”.
Novos desafios – A deputada federal Lídice da Mata (PSB/BA) observou que hoje as lutas estudantis são mais complexas do que na década de 60. “Enquanto jovens tínhamos o objetivo muito claro de lutar para acabar com a ditadura militar, de sonhar e lutar para preparar uma grande revolução para nosso país e para o mundo, hoje a juventude enfrenta o avanço da globalização, resiste a um projeto neoliberal, assim como a violência que se abate sobre os jovens”. A parlamentar destacou ainda, que a violência é uma bandeira dos estudantes, mas ainda mais de jovens que não conseguem ingressar numa faculdade.

O vice-líder do Partido Socialista Brasileiro, deputado Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), destacou que a juventude deve ser a protagonista das mudanças. Ao citar Miguel Arraes, afirmou que quando o povo se une, as elites, os dirigentes do país e os partidos políticos também são obrigados a se unir em torno dos grandes interesses da nação. “A UNE já cumpriu e continua cumprindo este papel, unir todos os seguimentos populares para fazer o país avançar. Na política não existe espaço vazio, as conquistas são feitas sob pressão”, conclamou.


O diretor de Ciência e Tecnologia da UNE, Bruno da Mata, observou que o próximo grande passo da entidade é aprender a viver e atuar na democracia. “Ocupar espaços no Congresso Nacional, no Poder Executivo e em outras instâncias de poder para aprovar leis que beneficiem os estudantes”, defendeu.

Projeto de Niemeyer - Em 1º de abril de 1964: a ditadura militar invadiu, saqueou, incendiou e destruiu a sede da UNE e da UBES, na Praia do Flamengo, 132, no Rio de Janeiro. O terreno recuperado há pouco tempo na justiça, antes abrigava um estacionamento irregular, deve ceder espaço ao prédio de treze andares que será sede das entidades. O projeto inclui cinema, teatro e foi doado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A obra deve custar R$ 30 milhões.

Letícia Alcântara/ Repórter

terça-feira, 1 de abril de 2008

44 anos do golpe

Há 44 anos o presidente João Goulart era deposto pelo golpe militar de 1964.
Caminhões e tanques marcharam da cidade de Juiz de Fora (MG) em direção à cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde se encontrava o presidente.
Ali recebera um manifesto do general Mourão Filho que exigia sua renuncia.
O golpe já era um fato consumado.
O presidente se refugiou em Porto Alegre (RS), numa estância de sua propriedade.
No dia seguinte, o presidente do Senado Federal, senador Auro de Moura Andrade, convocou reunião conjunta do Senado e da Câmara e, afrontando a Constituição, acusou o presidente de "deixar a nação acéfala", declarou a presidência da República vaga e empossou no cargo o presidente da Câmara, deputado Ranieri Mazzili.
Apesar de várias forças se disponibilizarem para resistir ao golpe, inclusive o então governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, João Goulart deixou o país no dia seguinte para evitar um mar de sangue.No dia 15 do mesmo mês, o general Humberto de Alencar Castello Branco foi empossado como o primeiro dos cinco presidentes militares que nós teríamos durante a ditadura.
No dia 15 do mesmo mês, o general Humberto de Alencar Castello Branco foi empossado como o primeiro dos cinco presidentes militares que nós teríamos durante a ditadura.

Blog da JSB DF entrevista Cleo Manhas, doutoranda em educação pela PUC/SP

1 Como você vê a questão de cotas para negros e deficientes nas faculdades Públicas?

Bom mesmo seria que não precisássemos das cotas, mas nossa realidade apresenta-nos outro quadro. O processo de colonização do Brasil trouxe-nos com os portugueses, os africanos, tirados à força de sua terra, para serem escravos em terras até então desconhecidas para eles, afastados de sua cultura e de seu povo. Quando finalmente deram um basta nesta barbárie, vieram os imigrantes europeus para realizarem o trabalho assalariado, jogando os negros na marginalidade. Agora “livres”, mas sem casa e sem trabalho.

Acredito que só existe liberdade quando temos acesso aos direitos básicos de saúde, moradia, educação, transporte público de qualidade etc. Os negros, em sua maioria, até os dias de hoje, não possuem esta liberdade. E não adianta repetirmos o argumento daqueles contrários às cotas, que o importante é melhorar a educação fundamental e média, para que eles possam chegar à Universidade. É obvio que concordamos com necessidade de isso acontecer, porém, isso é política de médio prazo e nossa dívida está rendendo juros, por isso, precisamos de medidas imediatas, temporárias, pois o horizonte é a qualidade da educação pública, mas para já.
Com relação a cotas para pessoas portadoras de deficiência precisamos analisar os caso e verificar aqueles aos quais cabem as cotas.

2 Como poderia se dar o processo de inclusão dos deficientes nas faculdades públicas?

Falar em pessoas portadoras de deficiência não é tarefa fácil, pois existem vários tipos de deficiência e atitudes inclusivas distintas, mas acredito que o primeiro passo com relação à inclusão nas universidades públicas seria as adaptações, pois a invisibilidade dessas pessoas para as políticas públicas manifesta-se em primeiro lugar nesta adaptação. É difícil encontrarmos rampas e elevadores de acesso, banheiros adaptados, livros em braile, tecnologia para deficientes auditivos etc. Começar a adaptar as universidades públicas para os vários tipos de deficiência já seria um bom caminho andado para alterarmos o quadro de impedimentos que existe hoje.

Hoje em dia é notório o maior número de estudantes de classe média nas faculdades públicas. O que deveria ser feito para que possamos mudar essa realidade?
Em primeiro lugar gostaria de dizer que isso só é notório nos cursos elitizados como direito, medicina, relações internacionais, economia etc. Nos cursos de licenciatura e a maior parte dos cursos de humanas o público mais volumoso é oriundo da escola pública. Ao invés de ficarmos nessa briga se a universidade pública é de rico ou de pobre, deveríamos nos perguntar por que há cursos de ricos e cursos de pobre. E entre os cursos de pobre estarem quase todas as licenciaturas, ou seja, os futuros profissionais da educação. Além disso vocês deveriam pensar em discutir algo proibido aos estudantes, criar formas de taxar o estudante de renda alta e reverter os custos em benefício dos de baixa renda. Ou criar uma espécie de serviço civil profissional, onde formandos tivessem de trabalhar por um tempo em cidades do interior onde houvesse carência de profissionais, especialmente, na área da saúde, como bônus por ter estudado na universidade pública.

3 Qual a sua opinião sobre o Prouni?

Acredito que o Prouni é uma política pública muito bem pensada para resolver o déficit de vagas nas universidades. Déficit esse que atinge especialmente a população de baixa renda. Como não é possível criar tantas vagas em tão pouco tempo nas universidades públicas, o PROuni é legítimo e já apresenta bons resultados.

4 Qual seria o papel da universidade, da sociedade em geral e dos nossos governantes em particular para gerar inclusão dos pobres e dos deficientes?

Já falei um pouco sobre isso anteriormente e reafirmo o que já disse, acrescentando que as responsabilidades devem ser compartilhadas e a inclusão deve acontecer desde o ensino fundamental. As escolas públicas já trabalham com essa perspectiva, algumas bem aparelhadas, outras engatinhando, mas estão no caminho. As escolas particulares deveriam estar trabalhando com esse universo também. Para além da educação, a população deve enxergar o outro, o deficiente, respeitá-lo em suas especificidades e diferenças e cobrar do poder público que transforme nossas cidades em cidades acolhedoras e educadoras.

5 Em sua opinião, nosso país está melhor ou pior na área de educação em relação a anos anteriores?

Nos últimos tempos houve uma série de medidas que visam melhorar a qualidade do ensino no médio prazo, como o fato de realizarmos políticas integradas, tal qual está proposto no Plano de Desenvolvimento da Educação. Além da criação de vagas nas universidades públicas e a construção de novas universidades. A criação de programas como o Prouni, que ampliou o acesso, além da nova forma de avaliação da educação em seus vários níveis, permitindo que estejamos constantemente, aferindo os resultados para melhorá-los, além de um olhar para o ensino profissionalizante, ampliando o acesso. Mas é preciso dizer que ainda há muito o que fazer e a sociedade deve gritar para que as coisas aconteçam.

6 A questão das cotas resolve o problema da exclusão ou é uma medida paliativa?

As cotas são uma das medidas para resolver o problema da exclusão. Nosso problema é crônico e muito antigo, ele precisa de mudanças estruturais, culturais e uma frente ampla que una sociedade, governos para que possamos resolver definitivamente esta questão. Porém, mesmo sendo apenas uma das medidas, ela é necessária e importante.

Políticas públicas para juventude


1ª Conferência Distrital reuniu jovens de todo o DF nos dias 29 e 30 de março. Rollemberg foi um dos coordenadores da iniciativa

Durante a 1ª Conferência Distrital da Juventude, realizada nos dias 29/3 e 30/3, o deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ressaltou a importância de se discutir novas políticas públicas para os jovens, principalmente nas áreas de educação, saúde, emprego, cultura e lazer. "A juventude tem que ser sempre mais participativa para poder influenciar o processo político. Quando temos jovens atuantes, conseguimos construir um país melhor", afirmou o parlamentar.


Distribuídos em grupos de estudos, os jovens avaliaram problemas e discutiram soluções para seis tópicos, as chamadas bandeiras: família, sexualidade e diversidade; trabalho; educação, cultura, tempo livre e mídia; violência e drogas; cidades e meio ambiente; política e participação e liberdade democrática.

Também foram votadas as propostas que serão levadas para a 1ª Conferência Nacional de Juventude, prevista para o final do próximo mês, em Brasília, e escolhidos 15 delegados que irão apresentá-las e representar o Distrito Federal na discussão em âmbito nacional.

A coordenadora da Pastoral da Juventude da Arquidiocese do Distrito Federal, Monalisa Vieira, uma das representantes da sociedade civil na abertura da conferência, destacou a preocupação da entidade com educação do jovem, tanto em relação à aquisição do conhecimento quanto à formação ética e política. ”Queremos uma educação de qualidade, onde não se ensine só português e matemática, mas se ensine também o jovem a ter o próprio poder de decisão”, afirmou.

A 1ª Conferência Distrital de Juventude foi promovida pelo Governo do Distrito Federal, Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Subsecretaria de Juventude e Movimentos e Organizações Juvenis. Mais de mil jovens de movimentos estudantis, religiosos e partidários participaram da conferência. A Juventude Socialista Brasileira do Distrito Federal também prestigiou o evento.

Ascom do deputado Rodrigo Rollemberg com agência Brasil - 31/3/2008


A nova cara brasiliense

Congresso debate o que pensa e o quer a população com até 29 anos
Manoela Alcântara(Jornal de Brasilia)
Cerca de 50,5% milhões de brasileiros têm entre 15 e 29 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas quais são as necessidades dessa parcela da população? O que ela quer fazer para ajudar no desenvolvimento do País? Em Brasília, o primeiro passo para chegar às respostas dessas perguntas foi dado, ontem, na 1ª Conferência Distrital de Juventude. Centenas de jovens se reuniram no Centro de Convenções para mostrar o que pensam sobre a política, liberdade democrática, meio ambiente, família, sexualidade, trabalho, educação, cultura, violência, drogas, entre outros temas.
No início do evento, grupos de jovens fizeram uma manifestação para exigir que o governo atenda à maior reivindicação dos estudantes do DF: o passe livre. "Nós consideramos que a educação é uma responsabilidade do governo. Além das escolas de qualidade, é necessário que os estudantes tenham como chegar até as instituições de ensino. E isso deve ser custeado pelo governo", afirmou o secretário de comunicação da juventude do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Gabriel Villarim.
Já a estudante da Universidade de Brasília, Adriana Andrade, de 25 anos, foi até o evento representar a Associação Escoteira de Baden Powel. Ela acredita que o evento é importante para ouvir as idéias que os jovens têm. A dela, é discutir melhorias para o meio ambiente e a melhoria do transporte público. "Acredito que os jovens podem contribuir para a diminuição do aquecimento global e participar de políticas para isso. Quero também pedir melhorias no transporte público, começando pelo passe livre até um atendimento melhor das cidades satélites", disse.
A estudante de pedagogia da UnB, Alice Gollo, de 24 anos, acredita que a cidade ainda tem muito a oferecer aos jovens. "No plano Piloto até existem muitas coisas boas, mas nas cidades satélites faltam opções de lazer, cultura, esporte e incentivo para os estudos", enfatiza.
Caminho das pedras
De acordo com o governador do DF, José Roberto Arruda, o evento é importante para que se possa captar a visão dos jovens, o que eles querem, para, a partir daí, criar ações eficazes a esse público.
De acordo com o governador, é importante que o jovem saiba o papel que tem dentro da sociedade e não seja alienado. "Na minha época, existia uma politização muito grande. Nós tínhamos um inimigo a combater (a ditadura) e lutávamos por isso. Hoje, os jovens não têm muito claro quais são seus inimigos e estão sem foco. Isso precisa mudar", afirmou.
Arruda acredita que a juventude precisa se perguntar qual a contribuição quer dar para a sociedade. Segundo ele, além da ajuda para a elaboração de políticas públicas, o evento realizado este final de semana trará meios para identificar o porquê de alguns problemas e tentar saber o que os jovens pensam do que já está sendo feito para eles."
Só aqui no DF, abrimos 3 mil vagas para a bolsa universitária, porém, apenas 1,5 mil foram preenchidas, quero saber porque isso aconteceu? O governo também quer identificar o que os jovens pensam da UnB, o que acham do PAS (Programa de Avaliação Seriada da UnB) e outros programas realizados atualmente", explicou o governador.
Todas as reivindicações dos jovens de Brasília serão expostas em um documento que será finalizado hoje (30). Ele será entregue junto com os os pedidos de jovens de todo o País, na Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude que acontecerá, na cidade, entre os dias 27 e 30 de abril.

Publicado em: 30/03/2008