quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Empresas direcionam investimento social aos jovens

De acordo com o recorte, em um universo de 80 organizações participantes do Censo (todas associadas ao GIFE), 56 afirmam que seus programas são focados exclusivamente em jovensDa RedaçãoAs empresas que se preocupam com o Investimento Social Privado (ISP) preferem investir na juventude brasileira. Isso foi constatado no Censo Juventude, um recorte especial do Censo Gife 2007-2008 realizado em parceria com o Ibope/Instituto Paulo Montenegro e Instituto ibi. Os dados divulgados na quarta-feira (2), em Salvador, durante o 5º Congresso Gife sobre Investimento Social Privado, informou o site InfoMoney.
De acordo com o recorte, em um universo de 80 organizações participantes do Censo (todas associadas ao Gife), 56 afirmam que seus programas são focados exclusivamente em jovens. O foco é legítimo, a partir do momento em que a maioria dos associados diz acreditar que o investimento na juventude é uma maneira de criar melhores condições de vida no futuro. É o princípio "semear hoje para colher amanhã".
Entretanto, não se sabe ainda o quanto o discurso tão bem incorporado na prática consegue gerar ações de impacto efetivo.
Para 29% dos associados, o trabalho com jovens é a base do Investimento Social Privado. Já no caso de 32%, isso varia (em alguns, é a base, em outros, é parte do programa). E, por fim, para a maioria (39%), o investimento na juventude é parte de um programa maior.
As razões pelas quais os associados GIFE optam por investir na juventude, quando poderiam investir em qualquer outra faixa etária, são indicadores socioeconômicos relacionados aos públicos (66%), crença no papel da juventude contra a replicação da pobreza (63%) e falta de políticas públicas para pessoas dessa idade (43%). Os critérios para seleção dos jovens apoiados pelo programa são faixa etária (77%), renda (57%) e localização geográfica (39%).
Programas próprios
A maioria dos associados opta por desenvolver programas próprios. Outros 41 financiam terceiros que desenvolvem programas voltados para jovens. Os programas são realizados por meio de produção/sistematização de metodologia (46%), articulação de redes intersetoriais (41%) e eventos de sensibilização/mobilização (38%).
Se há algo que é consenso no setor, e que todos os associados já aprenderam, é a importância e as vantagens de se trabalhar de forma articulada. No desenvolvimento das ações são fechadas parcerias com ONGs (84%), escolas públicas (61%) e fundações e institutos (55%).
Já os resultados dos programas são aferidos por meio de coleta e sistematização das informações sobre resultados obtidos (86%) e visitas e entrevistas periódicas aos beneficiários (50%). O estudo constatou um grande desafio: o acompanhamento do jovem após a finalização do programa.

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