segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Reflexões do companheiro Fidel: A Mensagem de Chavez.

(Tomado de CubaDebate)
Regressou na sexta-feira de sua viagem à Europa. Fê-la em apenas quatro dias. Voando para o Oeste, chegou às 23h00 a Caracas, quando no ponto de partida, Madrid, estava amanhecendo. No sábado, ligaram cedo da Venezuela. Comunicaram-me que desejava conversar por telefone nesse dia. Respondi que seria às 13h45.
Tive tempo para anotar mais de 25 pontos dos que podem ser tratados por uma linha telefônica internacional – quando a gente sabe que o inimigo escuta–, alguns dos quais tinham sido abordados pelo próprio Presidente venezuelano perante a imprensa.
Chávez estava sereno, reflexivo e satisfeito da turnê. Intercambiamos critérios sobre preços de alimentos, petróleo e matérias-primas, investimentos requeridos, desvalorização do dólar, inflação, recessão, vigarice e pilhagem imperialistas, erros do adversário, riscos de guerra nuclear, problemas insolúveis do sistema e outros que não requerem de segredo algum. Mesmo assim, só por excepção uso essa via de comunicação.
Partilhamos detalhes e notícias. Ele não disse uma palavra da excelente mensagem que escrevera por ocasião do 26 de julho, na qual analisa minha denúncia sobre "A estratégia de Maquiavel". Recebi-lo na noite desse mesmo sábado. Em Chávez reencarnaram as idéias de Bolívar, só que o intercâmbio que mantivemos durante uma hora, nos tempos do Libertador teria tardado meses, e seu percurso de 4 dias por Europa, pelo menos 2 anos.
Ontem o escutei no «Alô, Presidente». O programa de investimentos dele é impressionante. Talvez nunca se emprestou uma atenção maior às vontades e às necessidades mais prementes das pessoas. Já se percebem alguns frutos.
Quando à noite liguei a televisão, Chávez estava submerso no público que encorajava o time feminino de softball no jogo final de uma taça frente ao de Cuba. Ganharam as atletas venezuelanas, um a zero. E para remate, sem hit nem carreira. À jovem lançadora da Venezuela, uma garota bem-parecida, os olhos lhe saltavam das órbitas quando depois do último out tomou consciência de sua proeza. No meio do jubiloso time que saltitava dentro da quadra e próximo do local do lançador, estava Chávez repartindo abraços e beijos. Se não fôssemos internacionalistas, teríamos ficado deprimidos. Depois de pensar nisso alguns segundos, fiquei contente por ele e por Venezuela. Que energia! Como pode resistir tanto esforço?
Hoje é seu aniversário. Raúl e eu lhe enviamos um quadro do Che emergindo da terra, tal como o viu um pintor da província mais ocidental de Cuba. Realmente é imponente.
Farei com que esta reflexão lhe chegue bem cedo.
Fidel Castro Ruz
28 de julho de 2008
11h30

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